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OBJETIVOS

binoculosAnalisar e acompanhar, retrospectiva e prospectivamente, as repercussões socioespaciais da implantação e consolidação do ISS do Campus Baixada Santista UNIFESP na Região Metropolitana da Baixada Santista diante dos processos de transformação urbana e modo de vida da população local, frente às políticas públicas estabelecidas para a região.

Diante dos novos desafios e oportunidades das transformações econômicas em nível global, construir junto com os principais sujeitos sociais locais um plano de desenvolvimento relevante e sócio-cientificamente referenciado que oriente as tomadas de decisões.

 AÇÕES

MAPEAMENTO

O mapeamento de informações enquanto um dos eixos de atuação e princípio conceitual resgata na geografia o conceito da ação de mapear, enquanto identificação, localização, expressão por meio da representação gráfica numa base espacial que ao longo da história passamos a chamar de mapas (MARTINELLI,2019).ações mapeamento

O nosso objetivo da ação de mapear na Política de Observatórios da Unifesp, dando destaque às diretrizes da instituinte 6 em diálogo com PDI de 2016 - 2020, que dedica-se à Ampliação da relação entre Universidade, Sociedade e Políticas Públicas, que prevê:

6.1. Ampliar os reconhecimentos público, acadêmico, cultural e social da Unifesp, em âmbitos regional, nacional e continental;

6.2. Mapear, divulgar e fortalecer pesquisas, projetos e programas realizados pela Unifesp com impacto social, cultural e em políticas públicas (UNIFESP, 2019 - grifos da equipe do Observa - ISS)

MEMÓRIA

O conceito de memória adotado pelo grupo fundamenta-se nos estudos de Ecléa Bosi (1994, 2003), no conceito de memória coletiva de Maurice Halbwachs (2013) e no conceito saber da experiência proposto por Jorge Larrosa Bondía (2002). Esse conjunto de idéias traça um fio condutor operador de pensamento para o nosso coletivo.

A reconstrução do passado mobiliza a compreensão de que a memória é um conjunto de imagens, representações e narrativas de pessoas e comunidades que se atualiza, se reorganiza e se refaz ao passo que se narra.

Essa produção de conhecimento e elaboração de sentido da experiência através da rememoração dos fatos e
vivências de pessoas e grupos que constituem tanto a comunidade acadêmica quanto a comunidade em geral, tem por objetivo reconstruir a memória do Instituto Saúde e Sociedade, num estado permanente de construção dessa narrativa em movimento.

A Narrativa de implantação e consolidação do campus Baixada Santista e do Instituto Saúde e Sociedade terá como fio condutor os marcos temporais e eventos que demarcam sua linha do tempo.

Essa narrativa será construída a partir da escuta e escrita das memórias da rede de narradores identificados como sujeitos emblemáticos nesse processo de implantação do campus e seu respectivo projeto político-pedagógico. A identificação dos sujeitos emblemáticos é tecida a partir da metodologia Bola de Neve (Minayo, 2014), buscando resgatar através da escuta das memórias e sua escrita “a compreensão da historicidade da experiência” (WITTIZORECKI et al, 2006, p.26) desse processo ao longo da linha do tempo.

ações memória

PERCURSO FORMATIVO

Os observatórios Institucionais, em especial o ISS,  permanece imerso num percurso formativo na modalidade de extensão e aperfeiçoamento em Metodologias Participativas para a produção, análise e armazenamento dos dados e informações colhidas e produzidas pelo observatório para monitoramento das políticas públicas, o que vem constribuindo muito para os percursos teórico-metodológicos do Observa-ISS.

Temos empreendido esforços para avançar na metodologia CBPR/PAPE baseada no processo de parceria, tendo como ferramenta reflexiva para sistematizar, registrar, avaliar e planejar, o que chama de “O Rio da Vida” - utilizada para descrever a jornada da vida ou a linha de tempo histórica. “A finalidade técnica é revelar as histórias e as influências, individuais e organizacionais, que motivam os parceiros a estimular o empoderamento da comunidade” (SANCHEZ-YOUNGMAN & WALLERSTEIN, 2017, p.375). Por meio da prática, os bolsistas traçaram o percurso do rio, identificando os principais eventos em suas vidas de formação pessoal e profissional. 

Outra metodologia que temos nos debruçado foi apreendida no Curso de Formação de Formadores para o uso da Tecnologia Social da Memória, realizado pelo Museu da Pessoa. Os Formadores em Formação foram orientados na construção de um Plano deFormação. Deste modo, o plano de formação foi desenvolvido pensando, num primeiro momento, no Observatório Institucional do Instituto Saúde e Sociedade (OBSERVAISS), mas que, a partir de diálogo com o Comitê Técnico, ampliou-se o horizonte de se compor com os
demais Observatórios Institucionais. 

Além disso, realizamos grupos de estudos como um importante espaço de compartilhamento para discussão dos conceitos e estratégias de ação do eixo memória e participação, buscando na bibliografia bases conceituais para dialogarmos como os estudos de Ecléa Bosi (1994, 2003), no conceito de memória coletiva de Maurice Halbwachs (2013) e no conceito saber da experiência proposto por Jorge Larrosa Bondía (2002). No campo da Pesquisa Participativa em Saúde e Empoderamento (PAPE), nosso grupo de estudo fundamentou-se nos estudos da pesquisadora Nina Wallerstein da Universidade do Novo México (Center for participatory research).

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COMUNICAÇÃO

Comunicação ou Extensão? Motivado pelas reflexões de Paulo Freire, funda-se este eixo com o objetivo permanente de (re)pensar as formas dos conteúdos, ou seja, permanentemente refletir se a comunicação esta fluindo, se estamos informando para a sociedade informações de relevânica pública, possibilitando canais de diálogo, linguagem assertiva além da construção coletiva do mapemaneto e memória do Instituto Saúde e Sociedade - ISS. Design sem nome 4

Inicialmente,  foi produzido um logo em formato de peixe (assim como o símbolo da cidade de Santos), um peixe-olho. Uma maneira de resgatar um dos símbolos da Cidade que está tão desvalorizado. Um olho que vê, observa. Afinal, ao pensarmos em peixes, animais que quase nunca olham para trás, mas que o fazem quando necessário, nos faz pensar no momento retrospectivo do Observa-ISS da necessidade de se olhar para trás, resgatar nossa identidade coletiva para construirmos modos de resistência futura. Além disso, um dos projetos do ISS com maior diálogo com a população local é o Cursinho de Educação Popular Cardume. Peixes que nadam em cardume, estão em sintonia, nadam juntos para se preservarem, não há um líder, há movimentos síncronos que direcionam o todo. O observa - ISS tem se constituído como um peixe e tem navegado num cardume, portanto esse foi o símbolo escolhido para simbolizar o início desse processo. 

Um dos desafios que se apresenta neste eixo é pensar o público-alvo das nossas ações. Sair do ambiente institucional no seu regramento jurídico-administrativo - primordial para organizar e fundar a existência de espaços como este -  que parte da realidade para pensar as ações institucionais, em um esforço inicial mapeamos 3 principais seguimentos principais:

pensamentos1 - A comunidade acadêmica interna regularmente matriculada (Estudantes de graduação e pós graduação, servidores e trabalhadores terceirizados); 

2 - A comunidade acadêmica interna não matriculada e com algum tipo de vínculo institucional (Ex-estudantes, pesquisadoras/es associados formalmente ou informalmente e comunidade em geral que esteja em algum tipo de projeto, pesquisa, extensão e/ou ação institucional);

3 - A comunidade externa (Sociedade Civil em geral – associações de moradores, de ensino e pesquisa; Coletivos e movimentos sociais; Organizações sociais; empresas conveniadas ou com intenção de convênio, entre outros.).

Motivados pelo IV Princípio da Política do Observatório Institucional: Articulação universidade-sociedade: primar pelo diálogo livre, franco, responsável e democrático. Deve-se considerar que na Universidade estão reproduzidas assimetrias, desigualdades e contradições da própria sociedade. Ao mesmo tempo, constitui-se espaço capaz de investigar e pensar a sociedade que a integra. A Universidade é, portanto, parte da sociedade e ambiente externo de análise científico-crítica. Assim, sua relação com a sociedade deve ultrapassar a comunicação de resultados de pesquisas ou a formação de pessoas, implicando-se como agente e parte das relações sociais numa perspectiva transformadora." seguimos na permanente construção do estreitamento do vínculo universidade-sociedade criando diversos produtos e canais de comunicação somando nas ações dos outros eixos que conectam todas(o) no objetivo comum do Observatório: reafirmar a função social da universidade pública.

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